BOLSONARO CORTA R$ 2,4 BI DO MEC; UNIVERSIDADES E INSTITUTOS FEDERAIS PODEM FECHAR

Bolsonaro bloqueou R$ 2,4 bilhões do orçamento do MEC (Ministério da Educação) de 2022. Os impactos recaem sobre as atividades da pasta e também sobre universidades e institutos federais de educação. O bloqueio foi anunciado nesta quarta-feira (5) em ofício enviado para as universidades federais, que criticam a decisão e afirmam que a continuidade dos serviços está em risco.

O Ministério da Economia de Paulo Guedes não respondeu sobre o porquê dos cortes e pra onde vai o dinheiro. Mas em reta final de eleição, teme-se que os recursos sejam usados no orçamento secreto dos deputados apoiadores do governo.

Bloqueio anunciado esta semana foi de R$ 328 milhões e alcança todas as universidades e institutos federais. No ano, corte chega a R$ 763 milhões.

Equipe econômica e MEC, do escândalo dos pastores e da propina em barras de ouro, cortaram 12% do orçamento da UFRJ este ano. Maior universidade federal do país, a UFRJ corre o risco de parar por causa do corte imposto pelo governo Bolsonaro. Quase R$ 18 milhões foram bloqueados em setembro. No início do ano, já tinha perdido R$ 23 milhões.

Com esse bloqueio, os institutos da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica acumulam uma perda de R$ 300 milhões. Foram congelados R$ 147 milhões agora e o restante havia sido cortado em junho.

Nas universidades federais, os cortes do meio do ano e o de agora perfazem uma perda de R$ 763 milhões com relação ao que havia sido aprovado no orçamento deste ano.

Além desse corte, veja o que Bolsonaro já cortou ou quer cortar para abastecer o orçamento secreto:

Orçamento para capacitação de profissionais no próximo ano foi reduzido em 95%

Ações para mulheres- 99%

Casa para agricultores- 99%

Infraestrutura para escolas – 97%

Capacitação de professores – 95%

Casa Verde Amarela – 95%

Farmácia Popular – 59%

DataSUS – 58%

Mais Médicos – 50%

Combate ao câncer – 45%

Fontes: matérias de O Globo (28/09/2022), Folha SP (05/10) e twitter da jornalista de O Globo, Flavia Oliveira (06/10).

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